terça-feira, 9 de março de 2010

Kinkakuji/Kyoto


Uma das imagens clássicas do Japão é representada por esse monumento tombado como patrimônio cultural histórico da humanidade pela Unesco.

Quando se fala em Japão, uma das imagens clássicas que representam o país é o famoso Kinkakuji, ou Templo do Pavilhão Dourado. Localizado em Kyoto, o monumento brilha majestoso às margens do lago que compõe o belo jardim oriental a sua volta. Junto com outros 16 lugares da cidade, o templo faz parte da lista do Patrimônio Cultural da Humanidade, indicado pela Unesco em 1994.

Entrando na área do templo e avançando jardim adentro, a imagem do templo salto os olhos e instintivamente faz os visitantes pararem para admirarem a paisagem. O Pavilhão Dourado refletido na superfície do lago, com o jardim japonês a sua volta, leva os turistas para um mundo maravilhoso, onde tudo parece um faz-de-conta.

Passando o primeiro impacto e seguindo para a parte de trás do pavilhão, entra-se em um jardim de musgo com uma pequena queda d’água [Ryumon Baku]. Era de lá, segundo a lenda, que o proprietário do local, Yoshimitsu Ashikaga, tirava a água para fazer o chá para suas cerimônias. Subindo a colina, chega-se a uma pequena casa de chá [Sekka Tei], que foi construída em 1874, em homenagem à visita do imperador Go Mizuno O.

A região onde atualmente se localiza o Kinkakuji era utilizada como retiro do monge Saionji Kitsune, até se tornar propriedade de Yoshimitsu Ashikaga. Ele, terceira geração do xogunato Ashikaga, construiu o complexo Kitayamaden, que era utilizado como local de descanso e retiro.

Após sua morte, Kitayamaden foi transformado num templo budista, sob o comando do monge Muso Kokushi, que era um verdadeiro artista na construção de jardins orientais. O templo foi batizado de Rokuon, em memória a Yoshimitsu, que era conhecido por esse nome.

Durante a ocupação de Yoshimitsu, Kitayamaden abrigava inúmeras construções, incluindo uma réplica completa do Palácio Imperial [Shinshin den Hall], até mesmo com os tronos dos imperadores. Na transformação do Kitayamaden para Rokuonji, a maior parte das edificações foi removida, e restou apenas o Kinkaku. O conjunto do lago com o templo dourado foi projetado para assemelhar-se ao Tesouro dos Sete Lagos, que compõe a cena do paraíso budista.

O lago possui flores de lótus, que representam a verdade que emerge da lama deste mundo mundano. Possui ainda pedras e ilhas que simbolizam os sete oceanos e as nove montanhas da história da criação do budismo.

O pavilhão Dourado é dividido em três pavimentos. Tem 12,8 metros de altura, 10 de largura e 15,2 de comprimento. Cada pavimento foi desenhado em estilos distintos, harmonizado pelas árvores em volta.

O primeiro pavimento é conhecido por Hosui-in [sala da Dharma da água], com uma grande sala com varanda e era utilizado por Yoshimitsu para recepcionar os convidados.

O segundo pavimento foi construída no estilo de uma residência de samurai, conhecido por Cho on Do, e era utilizado para reuniões com os convidados importantes.

O último pavimento, conhecido por Kukyocho [céu], com apenas 23 metros quadrados, era usado para receber amigos íntimos e realizar cerimônias de chá. Inspirado no estilo chinês Sung, com janelas em forma de sino, é decorado com três imagens de Amida Niorai. O topo do Pavilhão Dourado ostenta uma linda fênix de bronze, com 1,035 metro de altura, que também é folheado em ouro.

Como outras edificações históricas de Kyoto, o Pavilhão Dourado recebeu reformas e pinturas para a sua manutenção, até que, na manhã de 2 de julho de 1950, um estudante de 21 anos da Universidade de Otani transformou em cinzas o majestoso Pavilhão Dourado, ao atear fogo ao prédio. Esse fato foi tema do romance do escritor Yukio Mishima, intitulado The Temple of the Golden Pavillion.

O Pavilhão Dourado foi reconstruída em 1955. Em 1987, as paredes internas e externas receberam uma nova camada de folhas de ouro.

Agradecimentos ao site http://pronuc.com/palacio-de-ouro-em-kyoto/

Foto: Marco Fukuyama

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